quinta-feira, 21 de abril de 2011

Entrevistas-Parte 1-Perguntamos aos Autores VIII

Nazarethe Fonseca (autora brasileira)


1-O que te leva a escrever literatura fantástica?
Gosto do que eu faço. No dia que eu perder a fascinação, certamente vou parar de escrever. Só escrevo porque acredito que existe algo a mais que a realidade. Se alguém revelasse e provasse que só existe realidade eu ia dar um jeito de sair do planeta.

2-Você acha que esse tipo de literatura, tem uma rejeição maior nos países de língua portuguesa, já que não temos grandes nomes da literatura fantástica mundial, de origem em nosso idioma?
Sim, acho. Quando comecei a escrever e a publicar descobri a reserva do mercado e de certas livrarias que não aceitavam o gênero. Hoje, graças a vários títulos bem sucedidos no assunto, a literatura fantástica está sendo vista como bons olhos, ou seja, um negócio lucrativo.

3- Quando foi que você teve o primeiro contato com a literatura fantástica? E quando resolveu escrever?
Quando criança, por meio de histórias sobre fantasmas, monstros e mitos antigos. Resolvi escrever conscientemente na casa dos vinte anos. Ganhei uma máquina e já tinha a ideia de um livro na cabeça, que era fruto de um sonho. Simplesmente me sentei e produzi um livro de 478 páginas. Hoje vejo isso com certo respeito, afinal era somente uma leitora, não fazia ideia de onde estava me metendo.

4-Em que lugar você busca inspiração para escrever suas histórias?
Dos sonhos de todas as noites. Tenho alguns estalos e ideias durante as conversas com um grande amigo, o escritor e roteirista Eric Novello. Andando pelo meu quintal, andando de ônibus. É quase imprevisível.

5-Você acha que ainda há espaço no Brasil ou Portugal para novos escritores de literatura fantástica?
Sempre existe espaço para talento.

6-Em se tratando de literatura fantástica, o que é mais difícil: Escrever, encontrar uma editora ou adquirir novos leitores para o gênero (no Brasil/em Portugal)?
Encontrar uma boa editora. Leitores existem, basta eles darem valor a literatura fantástica nacional.

7-Em sua opinião, a literatura fantástica ainda enfrenta algum preconceito, por parte de quem não conhece o gênero?
Enfrenta preconceito porque nem todos os títulos agradam e isso é generalizado. O Famoso 'por um todos pagam'.

8-A mídia, em geral, ainda abre pouco espaço para a literatura fantástica? Se a resposta for sim, o que você acha que falta?
Sim, falta valorizar o trabalho dos escritores e dar a eles voz e vez dentro da mídia.


Entrevistador: Tomi Farias

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