terça-feira, 19 de abril de 2011

Entrevistas-Parte 1-Perguntamos aos Autores VII

Vivianne Fair (autora brasileira)


1-O que te leva a escrever literatura fantástica?
Minha própria maneira de viver no mundo da fantasia. Não há nada melhor que colocar seus sonhos, fantasias e desejos num papel e compartilhar com outras pessoas.

2-Você acha que esse tipo de literatura, tem uma rejeição maior nos países de língua portuguesa, já que não temos grandes nomes da literatura fantástica mundial, de origem em nosso idioma?
Sim, acho. É muito difícil ver jovens serem incentivados a lerem coisas diferentes do cotidiano e muitas vezes são até rejeitados em escolas por não serem didáticos pelo fato de não corresponderem à atualidade. Mas será que não? Viver num mundo fantástico ou uma ocasional fuga da realidade faz muito bem para a criatividade e a imaginação. Pode até ser que esses mesmos jovens tenham sua própria fantasia para dividir com o mundo. Já vi muitos querendo escrever livros depois de lerem 'Harry Potter' ou 'Crepúsculo'.

3- Quando foi que você teve o primeiro contato com a literatura fantástica? E quando resolveu escrever?
Quando aprendi a ler, aos 4 anos. Meu pai sempre incentivou a leitura e eu era o tipo de menina louca por Julio Verne e princesas da Disney...(risos). Qualquer livro que parasse na minha mão eu lia. Depois percebi que meu gosto mesmo era mais por literatura fantástica. Posso dizer que nunca houve tempos em minha vida que deixei de ler esse tipo de literatura.

4-Em que lugar você busca inspiração para escrever suas histórias?
Qualquer lugar. Um seriado, um filme, outros livros, desenhos, sonhos, tédio, música..rsrs Qualquer lugar ou hora é uma ótima fonte de inspiração. Até agora mesmo estou com vontade de escrever.

5-Você acha que ainda há espaço no Brasil ou Portugal para novos escritores de literatura fantástica?
Sempre há espaço, o que é necessário é ser concedida uma chance. Há muitos escritores por aí que não tem oportunidade de publicar e perdem o interesse por ser complicado. As editoras deviam prestar mais atenção aos escritores também de seu próprio país.

6-Em se tratando de literatura fantástica, o que é mais difícil: Escrever, encontrar uma editora ou adquirir novos leitores para o gênero (no Brasil/em Portugal)?
Escrever nunca foi difícil para mim. Adquirir novos leitores é só com o tempo. De boca em boca, divulgação. O importante é nunca parar; o livro acaba vendendo por si só. Já encontrar editora isso com certeza é muito difícil. Não são muitas que dão oportunidade ou não acreditam no talento dos escritores. Preferem pessoas já famosas.

7-Em sua opinião, a literatura fantástica ainda enfrenta algum preconceito, por parte de quem não conhece o gênero?
Sim, enfrenta, principalmente por parte das pessoas que se acostumaram na escola a estudar só um tipo de literatura, que é uma pena. Muitos atacam a literatura fantástica sem nem ao menos entender ou ler o gênero para poder falar com convicção. É realmente uma pena todo esse preconceito sem motivo.

8-A mídia, em geral, ainda abre pouco espaço para a literatura fantástica? Se a resposta for sim, o que você acha que falta?
Com certeza, mas mais em relação aos nacionais. De uma certa forma até que divulga literatura estrangeira, mas acho que nunca vi livros nacionais de literatura fantástica serem divulgados. Se o autor quer ser divulgado, tem que estar disposto a gastar bastante para ter algum respaldo. É realmente uma pena; acho que as pessoas também tem muito a aprender no mundo da fantasia.


Entrevistador: Tomi Farias

Nenhum comentário:

Postar um comentário